quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

gestão de cores


A gestão de cores é um sistema utilizado para garantir que o conteúdo a cores é apresentado correctamente em qualquer lado —incluindo dispositivos como o monitor do computador e a impressora.

Por que é necessária a gestão de cores?
Diferentes tipos de dispositivo tendem a ter características e capacidades diferentes de cores. Por exemplo, os monitores não conseguem mostrar o mesmo conjunto de cores que é reproduzido por uma impressora. Isto acontece devido aos processos fundamentalmente diferentes que cada dispositivo utiliza para produzir conteúdo a cores. Os scanners e as câmaras também têm características de cores diferentes. Mesmo programas diferentes interpretam e processam, por vezes, as cores de maneira diferente. Sem um sistema de gestão de cores consistente, a mesma imagem pode ter um aspecto diferente em cada um desses dispositivos. O aspecto do conteúdo a cores também depende das condições de visualização (tais como iluminação ambiente). Isto acontece porque o olho humano se adapta de maneira diferente a diferentes condições, mesmo quando vê a mesma imagem.

Em resultado, a gestão de cores mantém as relações com o conteúdo a cores de forma a conseguir uma aparência aceitável em dispositivos com capacidades de cor diferentes e em condições de visualização diferentes. Isto requer que os sistemas de gestão de cores controlem as relações entre as características do dispositivo e as condições de visualização para produzir resultados aceitáveis.

O que são perfis de cor?
Um perfil de cor é um ficheiro que descreve as características de cor de um determinado dispositivo quando está num dado estado. Os perfis também podem incluir informações adicionais que definem condições de visualização ou métodos de mapeamento de gama de cores. Trabalhando com o sistema de gestão de cores do computador, os perfis de cor ajudam a garantir que o conteúdo a cores é apresentado de forma aceitável, independentemente do dispositivo ou da condição de visualização. Quando é adicionado um novo dispositivo ao computador, o perfil de cor desse dispositivo é normalmente instalado automaticamente.

Por que razão um dispositivo pode ter mais de um perfil de cor?
Um perfil de cor representa as características de cor de um determinado dispositivo num dado estado. Qualquer alteração que resulte numa alteração do comportamento da cor de um dispositivo pode requerer um perfil diferente. Além disso, os perfis podem ser optimizados para diferentes tipos de projectos. Por exemplo, uma impressora pode ter vários perfis, cada um concebido para um tipo de papel ou tinta diferente.



Como funciona um Densitômetro?


Um densitômetro de reflexão fundamentalmente mede a quantidade de luz refletida de uma superfície. Existem determinadas condições específicas e definidas em normas pelo American National Standards Institute (ANSI) e pela International Standards Organization (ISO). Essas especificações lidam com condições de medição geométrica e com as respostas espectrais dos instrumentos. Um densitômetro de reflexão consiste fundamentalmente em uma fonte de luz que tem um ponto de saída óptica para concentrar a luz em um local específico da amostra, filtros para definir a resposta espectral da unidade e um detector para monitorar a luz refletida.

A amostra é geralmente iluminada por cima, ou seja, a 90 graus para a superfície da amostra e visualizada a 45 graus. Esta condição de visualização elimina o brilho da reflexão e apenas a reflexão difusa é vista pelo detector.

É semelhante ao olhar para uma fotografia brilhante - você tende a olhar para ela em um ângulo específico para evitar reflexos brilhantes que escureçam a imagem.

A electrônica do densitômetro normalmente consiste de um amplificador logaritmico e um display digital, para leitura.

O que é um Densitómetro


Um densitómetro é um aparelho usado para medir a densidade óptica das imagens sobre negativos e diapositivos fotográficos e sobre suportes opacos.
Estes aparelhos funcionam permitindo a transmissão ou a reflexão de um feixe luminoso e medindo a intensidade da luz transmitida ou reflectida, pelo que, segundo a medição, existem dois tipos de densitómetros: os de transmissão e os de reflexão.
O seu fundamento teórico é análogo ao de um fotómetro. Inicialmente, os densitómetros não eram mais do que fotómetros visuais.
Um fotómetro visual consiste, em geral, num dispositivo óptico que possibilita a visão simultânea de dois campos visuais, cada um deles iluminado pela luz de uma das fontes que se deseja comparar.
O fotómetro visual mais simples, designado por fotómetro de mancha de gordura, foi construído em 1843 pelo químico alemão Robert Bunsen. Este aparelho assenta no facto de que uma mancha de gordura sobre o papel não sobressai em relação ao que se encontra à sua volta quando se faz incidir sobre ambos os lados a mesma intensidade luminosa.
Actualmente, a maioria dos densitómetros são instrumentos fotoeléctricos. O mais simples de transmissão é formado por uma fonte luminosa, uma célula fotosensível e um microamperímetro.
A densidade é medida em termos de leitura métrica com ou sem a amostra no local.
Os densitómetros apresentam diversas aplicações, das quais se destacam a detecção da pista sonora numa película cinemática, a medição de intensidades em discos espectrográficos e a confrontação de fotografias.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Teoria da Cor - Continuação 4



GAMUTS DE CORES (PHOTOSHOP)
Um gamut é o espaço de cores que um modelo pode exibir ou imprimir. O
espectro de cores visto pelo olho humano é maior do que o gamut disponível
em qualquer modelo de cores e mostrado na fig. 1.11.
Entre os modelos de cores utilizados no Photoshop, o modelo L*a*b apresenta
o gamut mais amplo, englobando o espaço de RGB e CMYK.
Em geral, o gamut de RGB contém um subconjunto de cores que podem ser
visualizadas em um monitor de computador ou em uma televisão (que emite
luz vermelha, verde e azul). Dessa maneira, algumas cores como tons de verde
e azul não podem ser reproduzidas na impressão por estarem em um espaço
menor. Por sua vez, o cyan também não é 100% fiel no monitor.
Consistindo somente de cores que podem ser impressas utilizando tintas de
cores de processo, o modelo de CMYK hoje se caracteriza como um dos
menores, seguido por cores Pantones e HiFi Color. Quando as cores que não
podem ser impressas são exibidas na tela, - cores conhecidas como cores fora
do gamut, isto é, fora do gamut de CMYK - são representadas no Photoshop
com uma triângulo amarelo como advertência.

CONVERTENDO ENTRE MODOS DE CORES (PHOTOSHOP)
Quando você escolhe um modo de cores diferente para uma imagem, os valores
de cores da imagem são permanentemente alterados. Por exemplo, ao converter
uma imagem RGB para o modo CMYK, os valores de cores RGB fora
do gamut de CMYK são ajustados para se enquadrarem ao gamut.
Consequentemente, antes de converter imagens, é interessante acionar o
Preview CMYK localizado no menu View e com isso a imagem em tela será
limitada a visualização dentro do espaço CMYK.
O modelo de cor a ser utilizado pode variar de acordo com o processo em que
a imagem vai ser manipulada, porém particularmente prefiro trabalhar e
manipular minhas imagens em RGB ou L*a*b, salvá-las em Back-up desta
forma e somente fazer a conversão para CMYK no momento em que sei qual
será sua impressão final, pois uma vez que o CMYK é um sistema dependente
de cores e tem com muitas variáveis, posso fazer a conversão correta para cada
tipo de mídia preservando o máximo de detalhes em cada conversão. Este é um
assunto a ser tratado no capítulo referente a conversão de cores.

Retirado de: Alexandre Keese / Desktop Publishing

Teoria da Cor - Continuação 3


MODELO L*A*B
Surgio da necessidade de um modelo consistente de cores independente
que não leve em consideração o dispositivo onde o
mesmo valor resulte exatamente na mesma cor, o que não acontece
em modelos como RGB por serem dependentes do hardware,
e CMYK, uma vez que depende da base (papel) ou mesmo
do tipo da tinta utilizado.
O modelo de cores L*a*b da fig 1.10 é baseado em um modelo
proposto pela Commission Internationale d’Eclairage (CIE) em
1931 como um padrão internacional para medição de cores. Em
1976, esse modelo foi revisto e passo a ser chamado de CIE
L*a*b, tornando-se a base para os softwares de gerenciamento de
cores. Uma cor L*a*b consiste de um componente de luminosidade
(L) que varia de 0 a 100, e dois componentes cromáticos: o
componente A (de verde a vermelho) e o componente B (de azul
a amarelo) que variam de +120 a -120.
Para compreender este mapeamento de forma mais simples,
podemos comparar as informações de A e B com coordenadas de
X e Y, sendo que o ponto branco fica no centro e possui duas variáveis
para cada componente, um sendo A+ e outra A-, na segunda
componente temos B+ e B-.
As imagens que utilizam o modelo de L*a*b se caracterizam por
valores independentes que são convetidos em RGB ou CMYK,
de acordo com uma tabela de cores que descreve ou caracteriza
cada um dos dispositivos envolvidos no processo. O Photoshop
utiliza este modelo para a conversão cromática das imagens.

Teoria da Cor - Continuação 2



OUTRAS CARACTERÍSTICAS
Ainda analisando o espectro com as cores aditivas (RGB) e subtrativas (CMY)
mapeadas é possível verificar que a mistura de duas cores de um mesmo sistema
resulta em uma cor do outro sistema. Por exemplo, misturando vermelho
e azul do RGB o resultado será o magenta do CMY, da mesma forma que misturando
duas cores subtrativas como o cyan e amarelo o resultado será o verde.
Veja na fig.1.3 A misturas das cores e seus resultados.
Por serem cores complementares, sempre teremos uma cor aditiva de RGB
sendo oposta por uma cor subtrativa do CMY; para deixar isso de forma muito
simples basta colocar os dois sistemas escritos lado a lado e ligar a primeira
cor de cada um deles, a segunda, a terceira, e assim respectivamente, conforme
a fig. 1.4, ou colocar também pelo comando de Color Balance ou Equilíbrio de
Cores do Photoshop fig. 1.5.
Outra característica muito marcante está na distância das cores, que segue uma
simetria e, por sua vez, pode ser determinada em ângulos. Sendo assim,
podemos medir a distância e a localização das cores em cima do espectro, e
este valor caracteriza o mapeamento do modelo HSB.

MODELO HSB
Baseado na percepção humana das cores, o modelo HSB da descreve as cores
a partir de 3 propriedades fundamentais que são a Matiz - ou Hue, a Saturação
- ou Saturation, e o Brilho - ou Lightness.
• MATIZ OU HUE
Nada mais é do que o posicisionemanto da cor no espectro, ou seja, o vermelho
tem seu valor sempre em 0º e a partir dele podemos medir o posicionamento
das outras cores que estão exatamente a 60º de distância em sentido
horário e anti-horário como mostra a fig. 1.6.
No sentido horário temos as cores magenta em -60º, azul -120º e cyan -180º,
já no sentido anti-horário temos as cores amarelo em 60º, verde em 120º e
novamente o cyan em 180º. Pelo comando Hue&Saturation do Photoshop
podemos fazer com que o espectro gire e assim as cores sejam alteradas quanto
a sua matiz, conforme a fig 1.7.
Em alguns aplicativos, e mesmo dentro do Photoshop, podemos ter duas
maneiras de mapear esta angulação; uma delas vai de 0º a 180º e 0 a -180º, ou
pode ser de 0 a 360º. Para falar a verdade, é a mesma coisa do que se obter o
azul através dos valores -120º ou 240º.
• SATURAÇÃO OU SATURATION
As cores que possuem um valor de angulação podem variar quanto a sua saturação,
também chamada de cromaticidade, que é a intensidade ou a pureza das
mesmas. Se mapeado em cima de nosso espectro de cores, vamos ver que nada
mais é do que o posicionamento da cor mais para a extremidade ou mais para
o centro onde existe uma neutralização. Os valores conseguidos
aqui são de porcentagem variando de 0% (cinza) até 100% (saturação
máxima) representado pela fig. 1.8.
• BRILHO OU LIGHTNESS
Uma vez que nosso espectro de cores é tridimensional como na
ilustração ao lado e não bidimensional conforme visto até agora,
temos uma coordenada de luz que varia entre duas extremidades
que vão de 0% (preto) a 100% (branco). Essa coordenada é
responsável pela quantidade de luz ou pela definição de uma cor
clara (com luminosidade) ou escura (sem luminosidade).
Embora não exista um modo de imagens em HSB, muitos
comandos como Replace Color, Hue&Saturation, entre outros,
utilizam deste modelo como base para que o usuário possa fazer
alterações em uma imagem.

Teoria da Cor - Continuação 1



As imagens que utilizam o processo de RGB têm por sua vez 3 canais de cores
que podem reproduzir até 16,7 milhões de cores na tela, conhecidas também
como imagens de 24 bits por serem compostas por canais de 8 bits de informações
de cores por pixel. Ou seja, cada pixel pode ter 256 informações diferentes
de vermelho, verde e azul (em imagens de 16 bits por canal, isso é
ampliado para 48 bits, abrangendo ainda mais o número de cores reproduzidas).
O RGB é utilizado por dispositivos que trabalham com luz como scanners,
máquinas digitais, gravadores de filme/cromos, monitores e projetores.
Vale ressaltar que, por mais que alguns scanners tragam as imagens em CMYK
diretamente para o Photoshop, de fato o dispositivo fez a leitura em RGB e em
seguida transformou os valores em CMYK a partir de uma tabela de coversão,
o mesmo acontece quando visualizando uma imagem CMYK em um monitor,
o aplicativo está convertendo os valores para o RGB do monitor em valores de
CMYK compatíveis com a impressão.

CORES SUBTRATIVAS (CMY)
O modelo CMY da fig. 1.2, composto de cyan, magenta e amarelo, utiliza um
pigmento de tinta impresso sobre o papel que absorve uma parte da luz incidente
criando assim cores que são descritas a partir de porcentagens dos pigmentos
para cada pixel. Esta varia de 0% a 100% para cada um de seus componentes
de CMY e, sendo assim, para descrever o mesmo verde citado anteriormente
na descrição do RGB, será necessário a combinação de 80% de cyan,
10% de magenta, 100% de amarelo.
Para se obter as cores mais claras devemos colocar valores menores e para as
mais escuras valores maiores, contrarios aos do RGB, onde colocamos valores
menores para descrever as cores escuras e valores maiores para as cores claras,
sendo denominado assim de cores subtrativas. O branco puro neste caso é gerado
a partir de 0% das tintas e os tons escuros, como o preto, a partir de 100%
de todas as tintas. Porém, na prática isso não acontece como deveria devido a
algumas impurezas de tintas, fazendo com que o resultado real desta combinação
seja próximo ao marrom e, em alguns casos, próximos a um verde bastante
escuro, mas em ambos os casos diferentes do preto.
Uma vez detectado que o sistema de CMY não consegue reproduzir alguns
tons, foi adicionado a tinta preta representada pela letra K (já que a letra B
pode ser confundida com a letra B que representa o azul/blue) formando assim
o modelo de cor CMYK tão conhecido pela indústria gráfica.
As imagens que utilizam o processo de CMYK têm por sua vez 4 canais de
cores gerando uma imagem de 32 bits (8 bits x 4 canais) e não conseguem
reproduzir o mesmo gamut (universo) de cores do RGB. O canais de CMYK
também podem ser gerenciados utilizando o código de 16 bits formando assim
uma imagem de 64 bits.