segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Leis de Grassmann

Teoria tricromática, leis de Grassmann e a experiência fundamental da calorimetria.
O ser humano em primeira aproximação produz a sensação de cor com base em 3 informações: os impulsos nervosos que os 3 cones RGB enviam para o cérebro.
O olho recebendo luz, recebe informações em 3 números, 3 impulsos que nos dão essa intensidade e essa sensação de luz.

Quando olhamos para a televisão, não distinguimos as cores mas vemos semelhantes, o ser humano não consegue ver as luzes que estão lá.
aplicamos 4 leis comprovadas, que são:


1ª Lei: Qualquer cor X pode ser representada como soma de 3 cores A, B e C, desde que estas sejam independentes. Neste caso A, B e C chamam-se primárias.


2ª Lei:
Dada duas cores X e Y, tais que
X= a1A + b1B + c1C e Y = a2A + b2B + c2C
então: X + Y = (a1 + a2) A + (b1 + b2) B + (c1 + c2) C


3ª Lei:
Dada uma cor X = aA + bB e cC, então
n x X = (n x a) A + (n x b) B + (n x c) C


4ª Lei:

Dada uma cor X = aA + bB + cC, a luminosidade dessa cor, em unidades fotométricas, pode ser calculada somando as intensidades das 3 luzes primárias, isto é:
Lx = a + b + c (medindo em lumen, candela, lux, etc.)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Daltonismo......continuação

Com o teste de Ishihara, método utilizado para diagnosticar o daltonismo: o número 8 somente é visível para as pessoas de visão normal.



Que números consegue ver nas seguintes lâminas?






Nesta lâmina, um individuo normal verá o número 5, enquanto que um daltónico (com cegueira para o vermelho ou o para o verde) verá um 2:




Curiosidades:
O daltonismo pode representar uma vantagem evolutiva sobre as pessoas portadoras de visão normal, tal como foi descrito num artigo publicado pela BBC Online.

Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Cambridge demonstrou que algumas formas de daltonismo podem, na verdade, proporcionar uma visão mais aprimorada de algumas cores.

Durante a 2ª Guerra Mundial descobriu-se que os soldados daltónicos tinham mais facilidade em detectar camuflagens ocultas na mata.

Os daltónicos possuem uma visão nocturna superior à de uma pessoa com visão normal.

Eles também são capazes de identificar mais matizes de violeta do que as pessoas com visão normal.

A maioria dos daltónicos não sabe que possui esta anomalia.

A percepção das cores varia muito de uma pessoa com daltonismo para outra.

O pintor Vincent van Gogh sofria de daltonismo.

A incidência de daltonismo é maior entre os descendentes de Europeus.

Os daltónicos vêem, em média, entre 500 a 800 cores.

Normalmente as cores predilectas de quem tem esta alteração genética são o azul ou roxo, por serem cores vivas.

Para os daltónicos o arco-íris não possui 7 cores.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Daltonismo

O daltonismo é uma perturbação da percepção visual caracterizada pela incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores, manifestando-se muitas vezes pela dificuldade em distinguir o verde do vermelho. Esta perturbação tem normalmente origem genética, mas pode também resultar de lesão nos órgãos responsáveis pela visão, ou de lesão de origem neurológica. O distúrbio, que era desconhecido até ao século XVIII, recebeu esse nome em homenagem ao químico John Dalton, que foi o primeiro cientista a estudar a anomalia de que ele mesmo era portador. Uma vez que esse problema está geneticamente ligado ao cromossoma X, ocorre mais frequentemente entre os homens (no caso das mulheres, será necessário que os dois cromossomas X contenham o gene anómalo). Os portadores do gene anómalo apresentam dificuldade na percepção de determinadas cores primárias, como o verde e o vermelho, o que se repercute na percepção das restantes cores do espectro. Esta perturbação é causada por ausência ou menor número de alguns tipos de cones ou por uma perda de função parcial ou total destes, normalmente associada à diminuição de pigmento nos fotoreceptores que deixam de ser capazes de processar diferenciadamente a informação luminosa de cor. Os daltónicos são incapazes de discernir as sete cores de um arco-íris.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Bastonetes

A retina é a camada mais interna do olho, sendo o local onde os raios luminosos, após atravessarem a córnea e o cristalino, incidem. Nesta zona, existem dois tipos de células especializadas na captação da radiação luminosa e na sua conversão num estímulo nervoso, que, posteriormente, é conduzido ao cérebro através das fibras nervosas. Essas células são os cones e os bastonetes.
Os bastonetes, de formato alongado, são as células mais numerosas, existindo cerca de 125 milhões em cada olho. Apresentam um baixo limiar de excitação sendo, por isso, muito sensíveis à luz, assegurando a visão em condições de baixa luminosidade. No entanto, apenas permitem a formação de imagens em tons de cinzento e pouco nítidas, sendo a visão colorida e de elevada definição devido à acção dos cones. Este último tipo de células apenas funcionam em condições de elevada luminosidade.
No interior do bastonete, acumuladas em pequenas vesículas discoidais, paralelas ao eixo maior da célula, existe um grande número de moléculas de um único pigmento visual, a rodopsina. Este pigmento insere-se no grupo maior das escotopsinas, os pigmentos responsáveis pela visão nocturna. A incidência de luz na molécula do pigmento gera alterações na sua conformação estrutural, que desencadeiam diversas alterações no bastonete, levando à emissão de um impulso eléctrico - impulso nervoso.
Os pigmentos visuais, incluindo a rodopsina, são formados pela associação de um cromóforo carotenóide com um proteína.
Na zona da fóvea, ponto de maior acuidade visual da retina, não existem bastonetes, apenas cones. Estes dispõem-se em torno desta estrutura e, contrariamente aos cones, pode-se encontrar um grande número ( até 300) ligado a apenas uma única célula nervosa ganglionar, o que impossibilita a formação de uma imagem nítida. No entanto, devido à sua disposição e elevado número, apresentam um campo visual mais alargado que os cones, sendo os responsáveis pela visão periférica. Esta visão, embora pouco nítida nas zonas afastadas do centro visual, permite uma boa percepção de movimentos. Para formar uma imagem clara, a cabeça ou os olhos giram, por forma a que a luz incida na fóvea, onde se localiza a maior parte dos cones.
Os bastonetes permitem a percepção de forma, dimensões e brilho.
A xeroftalmia ou cegueira nocturna é uma doença que se traduz na perca de visão em condições de baixa luminosidade. Deve-se a uma deficiente ingestão de vitamina A, já que esta é necessária para a manutenção dos níveis de rodopsina, o pigmento visual que existe nos bastonetes.

Anatomia do olho humano

- A retina capta os sinais luminosos e os transforma em impulsos nervosos.
- A retina contém dois tipos diferentes de fotorreceptores: cones e bastonetes.
- Os bastonetes (120 milhões) são sensíveis a quantidades relativamente pequenas de luz.
- Extraem informações sobre intensidade luminosa (luminância). Não diferenciam cores.
- Os cones (6 milhões) são de três tipos de cones, cada um capaz de detectar uma cor diferente: vermelho, verde e azul.